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Posts Tagged ‘Crescimento infantil’

 

 

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     Veja na tabela abaixo a quantidade aproximada de cálcio nos diversos alimentos.

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     O crescimento infantil só é possível se houver um aporte adequado de cálcio. O desenvolvimento e a qualidade dos ossos são muito importantes para a altura final. A melhor fonte de cálcio é o leite, além de seus derivados. Assim, é fundamental que a alimentação da criança e do adolescente em crescimento contenha quantidades adequadas deste nutriente. Segue abaixo uma tabela com a recomendação de cálcio e vitamina D por dia.

     Note que, na idade de estirão do crescimento, as necessidades são maiores. 

     Se houver intolerância à lactose, pode-se utilizar leites que já vêm com 90% a menos de lactose. E, se houver necessidade de perda de peso ou redução dos níveis de colesterol, pode-se utilizar os leites desnatados ou semidesnatados. Todos eles contêm quantidades semelhantes de cálcio.

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     Resolvi colocar este tema após ver mais um caso deste ontem. Bebês e crianças que usam fraldas estão sujeitas a terem assaduras. Há várias receitas caseiras, simpatias e pomadas que prometem acabar com elas.

     Entretanto, há uma categoria de cremes e pomadas que, além de reduzirem e até interromperem o crescimento da criança, podem causar outros danos (como surgimento de pêlos pubianos, aumento da pressão arterial). Os medicamentos tópicos que contêm CORTICÓIDES deixam a pele lisinha, mas podem provocar tudo isso acima.

 

      Dependendo do tempo e da quantidade de uso, NÃO podem ser suspendidos abruptamente. O excesso de corticóide, que é absorvido pela pele, faz com que a produção natural de cortisol pelo organismo seja interrompida. Assim, nestes casos, é necessário fazer um desmame do corticóide para que o organismo reassuma a produção. Substituímos a pomada por uma sem corticóide e passamos a dar corticóide por via oral, para que consigamos ir reduzindo gradualmente, de maneira exata, até a retirada. 

     Fica um alerta: há indicações específicas para este tipo de pomada, que deverá ser prescrita. O uso inadvertido para evitar assaduras pode comprometer a saúde da criança.

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Depois dos modos de prever a estatura final, de afastar eventuais causas da baixa estatura que precisem de tratamento, fica a pergunta: vou ficar assim pra sempre?

Esse é um dos assuntos que mais me preocupam e interessam. Fazemos tudo para adequar a estatura de crianças e adolescentes aos padrões populacionais e familiares – avaliamos, investigamos, diagnosticamos e tratamos.

Mas… e quando não conseguimos um diagnóstico? E quando temos o diagnóstico mas não temos tratamento ideal para oferecer?

Aí, vai de cada pessoa se adaptar e aceitar a baixa estatura da melhor maneira possível, apesar das dificuldades que sabemos que existem.

Autoestima se cultiva. Todo mundo tem seu valor, seus pontos fortes que fazem a diferença. Basta descobri-los e valoriza-los.

Encontrei um livro bastante interessante, com um título curioso, que foge do padrão de publicação sobre este assunto.

Vai aí a dica!

                                                               

     Escrito pela atriz Julianne Moore e traduzido por Fernanda Torres. Resumindo: a história do apelido da atriz, que dá nome ao livro, e de como ela superou o que passou na infância e adolescência para virar esta atriz que é hoje, aí em baixo.

     É com muita leveza e rindo de si mesma que Moore tenta mostrar às crianças o caminho para a auto-aceitação, o que, segundo a autora, é a fonte da felicidade na vida dos pequenos. “Quem liga para um milhão de sardas quando se tem um milhão de amigos?”, conclui a ruivinha na história, ilustrada com humor por LeUyen Pahm, artista vietnamita radicada nos Estados Unidos. Mesmo assim, a atriz conta que até pouco tempo teve dificuldades para aceitar seus traços de Morango Sardento: “Se você perguntar a qualquer ruiva se ela gostaria de ter cabelos loiros ou castanhos, com certeza ela lhe responderá que sim.

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   É importante alertar que o tratamento com hormônio do crescimento para tratar baixa estatura é exclusivamente injetável, por via subcutânea, todos os dias, à noite (que é o período em que produzimos este hormônio).

    Pomadas, gel, sprays e comprimidos não têm qualquer ação sobre o crescimento, mesmo que tragam no rótulo composição com GH (Hormônio do Crescimento) ou IGF-I.

    É necessário trocar sempre o local de aplicação no corpo (rodízio) e descartar seringas e agulhas em recipientes seguros.

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 Aproveito a entrada do outono para comentar sobre uma das causas de baixa estatura: o uso crônico de corticóides. Diferentes doenças têm como tratamento este tipo de medicação, como asma, bronquiolite, alergias de pele, lupus, artrite reumatóide, doenças renais como glomerulonefrite, entre outras.

     Os corticóides reduzem a produção e a ação de IGF-I, substância que promove o crescimento. O IGF-I é produzido localmente nos ossos e também no fígado. Por isso, doenças do fígado tem potencial de prejudicar a estatura.

     Dependendo da avaliação da velocidade de crescimento, idade óssea e previsão de estatura final, estas crianças e adolescentes que necessitam de corticóide por períodos prolongados podem se beneficiar do tratamento com hormônio do crescimento, mantendo a doença de base controlada e melhorando a estatura. 

     A Síndrome de Turner é uma alteração genética, com perda de um dos cromossomos sexuais, que afeta 1 em cada 2500 a 3000 meninas nascidas vivas. Pode ter características físicas típicas ou cursar apenas com baixa estatura. A figura abaixo representa um resumo das possíveis alterações.

     Para estas meninas, a indicação do tratamento com Hormônio do Crescimento é formal e custeada pelo governo. O tratamento precoce melhora  a previsão de estatura final destas crianças.

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     Continuando a falar sobre o tratamento…

     A avaliação do resultado do tratamento é feita pela velocidade de crescimento após o início da medicação (que deve aumentar significativamente e ocorre, principalmente, no primeiro ano de tratamento). A dosagem de IGF-I também é outro marcador do resultado do tratamento e é útil para o ajuste da dose do hormônio de crescimento, já que há sensibilidade diferente de cada indivíduo.

    Os efeitos colaterais são raros quando na dose adequada e podem incluir dor de cabeça intensa e dor no quadril, sinais de alerta para procurar o médico que prescreveu a medicação. 

     É importante que, quando iniciado, o tratamento seja feito o mais regularmente possível para que se possa obter o melhor resultado. Embora seja injetável, há dispositivos de aplicação que escondem a agulha e facilitam a aplicação, o que melhora a aceitação por parte da criança ou adolescente.

     O tempo de tratamento dependerá da velocidade de crescimento e da idade óssea. Recomenda-se que o tratamento seja interrompido quando a velocidade de crescimento for menor do que 2cm por ano, em geral, com idade óssea de 14 anos na menina e 16 anos no menino.

     Alguns autores propõem que o tratamento deva ser mantido até aproximadamente dois anos após o fechamento da cartilagem de crescimento, para que se complete o efeito metabólico do GH, como o ganho de massa óssea. 

     Segundo as Diretrizes da Associação Médica Brasileira e do Conselho Federal de Medicina, nos pacientes com deficit do hormônio do crescimento de causa desconhecida, 1 a 3 meses após suspensão do uso do hormônio, a secreção deve ser retestada por meio do teste de tolerância à insulina, o mesmo utilizado para indicar o início do tratamento. O resultado pode indicar a necessidade de dar continuidade ao tratamento. Pacientes com causas genéticas ou orgânicas bem estabelecidas de deficiência do hormônio do crescimento na infância podem passar do tratamento da infância/adolescência para o da fase adulta sem necessidade de reteste.

Por curiosidade, Lionel Messi tinha deficiência do hormônio de crescimento. Iniciou tratamento aos 11 anos.

 E hoje, tratado, com 169 cm.

     Isto, na verdade, é uma mostra de que não precisa ser tão alto para ser bom, muito bom!

Para quem quiser saber mais sobre isto, ele mesmo conta em seu site oficial (http://www.leomessi.com)

 Entretanto, há casos em que não se consegue documentar a falta de hormônio. Há casos de indivíduos que não crescem adequadamente e tem excesso do hormônio do crescimento. Aguardem o próximo post. Até lá!

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     O tratamento da baixa estatura com hormônio do crescimento tem as seguintes indicações estabelecidas:

  1. Deficiência do Hormônio do Crescimento
  2. Síndrome de Turner (quando falta um dos cromossomos sexuais, levando a baixa estatura acentuada)
  3. Insuficiência Renal Crônica
  4. Crianças nascidas pequenas para a idade gestacional
  5. Síndrome de Prader-Willi

     Outras indicações não-clássicas englobam baixa estatura idiopática, uso prolongado de corticóide, Síndrome de Noonan, entre outras situações.

     A medicação é administrada por via subcutânea, diariamente, à noite (que é quando produzimos o hormônio). Isto significa que cremes, gel, comprimidos sublinguais e sprays nasais que dizem conter hormônio de crescimento NÃO funcionam para este fim.

 Aliás, aproveito para fazer prevenção de acidentes. Comprimidos e confeitos, como os abaixo, são bem parecidos. É melhor deixar tudo fora do alcance das crianças.

O mais importante é que a indicação de tratamento seja bem feita e respaldada em dados da própria criança e da família. 

No próximo post, tem mais.

Abraços!

 

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    A revista Veja desta semana (capa abaixo) traz, nas páginas amarelas, entrevista com Rosalind Wiseman, especialista no assunto bullying. Vale a pena ler. Ela diz que os pais, muitas vezes, são cúmplices deste ato, omitindo a orientação adequada, tanto para agressor quanto para a vítima. É extremamente importante que se discuta e se mude esta situação.

 

 Por outro lado, há outras coisas a serem feitas. Obesidade, principalmente, é uma causa corrigível de bullying. Entretanto, muitos pais, obesos também, perpetuam o excesso de peso na família. A baixa estatura também merece atenção. “Baixinho e pintor de rodapé” ,entre outros apelidos, podem chamar a atenção para algo que não vai bem.

    A criança pode ser baixa porque tem família baixa. Mas quando a família é baixa demais (às vezes, mais da metade do canal familiar está na área de baixa estatura), é preciso investigar todos. Há alterações que se manifestam com menor crescimento que podem ser compensadas com tratamento enquanto houver tempo hábil para crescer. E esta investigação muitas vezes não ocorre, ou ocorre tardiamente, quando a idade óssea já está próxima da adulta.

    Fica o alerta, para tentarmos melhorar a saúde e a autoestima das próximas gerações.

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