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Posts Tagged ‘Crescimento infantil’

Se, devido à baixa estatura e/ou redução da velocidade de crescimento, tivermos solicitado dosagem de IGF-I (somatomedina) e o resultado for baixo (de acordo com os valores normais fornecidos pelo fabricante do exame), passamos à próxima etapa da investigação.

O hormônio de crescimento é secretado pela glândula hipófise durante o sono, à noite. Essa secreção é pulsátil, como mostra a figura abaixo.

Deste modo, na investigação de baixa estatura, a dosagem do hormônio do crescimento (GH) basal (sem estímulo) de manhã nada informa, já que espera-se que os níveis sejam reduzidos neste horário.

Para podermos dosar o GH durante o dia, é necessário que seja feito um estímulo para sua liberação. Há medicações que liberam o hormônio do crescimento de forma aguda (insulina, L-dopa, Glucagon, Clonidina). Após a administração de uma desta s medicações, colhemos sangue a cada 30 minutos (deixamos a veia pega desde o início), durante um período de 2  a 3 horas. Neste sangue será dosada a concentração do hormônio que a criança ou adolescente tem.

Este resultado, associado às demais informações (velocidade de crescimento,  idade óssea, estatura dos pais, antecedentes da criança), permitirão a decisão por tratar com hormônio do crescimento ou não.

 

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Continuando, então…

A partir dos 2 anos, o crescimento deve ser entre 4 e 7 cm ao ano. Notamos que a criança cresce se ela perde roupas, se troca o número do sapato e comparando-a com as demais crianças.  A VELOCIDADE DE CRESCIMENTO é mais IMPORTANTE do que qualquer exame sofisticado e serve de parâmetro para poder indicar os exames.Caso haja desaceleração do crescimento e/ou baixa estatura já instalada (estatura abaixo do percentil 3), como na figura abaixo , a primeira conduta é afastar causas gerais como desnutrição, doenças ósseas, doenças crônicas como anemia e outras que citei no post anterior, para só então investir na investigação da deficiência do hormônio do crescimento.

Em casos como este,  afastadas outras causas de baixa estatura, a investigação inclui dosagem de hormônio tireoideano (TSH e T4 livre) e raio-X da mão e punho para idade óssea (como na foto de postagem anterior). Além disso, a dosagem de IGF-I (ou somatomedina) representa o início da avaliação da produção e ação do hormônio do crescimento, já que este hormônio estimula a produção do IGF-I pelo fígado, como mostra o esquema abaixo.

No próximo post, continuaremos a conversar mais sobre crescimento. Até breve.

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A velocidade de crescimento durante os primeiros anos de vida das crianças é impressionante! São 25 cm no primeiro ano e 10-15 cm no segundo ano. A partir dos 2 anos de idade, a velocidade de crescimento cai para 4 a 7 cm ao ano. Esta  redução da velocidade de crescimento explica, em parte, a redução no apetite das crianças, queixa tão comum entre as mães. Na verdade, a necessidade metabólica diminui.

Crianças nascidas a termo com menos de 2,5kg são consideradas como tendo baixo peso ao nascer e devem ser acompanhadas mais de perto pois podem não recuperar o crescimento como devido. A figura abaixo exemplifica a distribuição do peso ao nascer de acordo com a idade gestacional – há curvas específicas para cada sexo. 

 

Atualmente, mais crianças nascem prematuras. Parte delas, nascem pequenas para a idade gestacional e destas, cerca de 10% não recuperam o crescimento adequadamente. Embora apresentem velocidade de crescimento normal, a distância delas até a normalidade é tão grande que não basta crescer normalmente – elas têm que fazer o que chamamos de “catch up”, ou seja, uma recuperação à custa de velocidade de crescimento acima do normal. Para estas crianças, pode haver indicação do uso do Hormônio do Crescimento, sendo idealmente iniciado entre 2 e 3 anos de idade. 

Nesta fase, o importante é garantir alimentação adequada e seguimento pediátrico regular. O pediatra pode ser o primeiro a identificar alguma alteração importante que necessite ser investigada. 

Doenças crônicas também podem interferir com o crescimento. Alergias respiratórias, principalmente se levar ao uso prolongado de corticóides, podem reduzir a velocidade de crescimento. Doenças gastrointestinais também podem, pela desnutrição, limitar o crescimento. 

E um bom sono também é fundamental, já que o hormônio de crescimento é produzido em picos fundamentalmente durante o sono da noite.

 

Ah! Isto também vale para crianças maiores e adolescentes, que relutam em dormir e viram noites em frente ao computador! 

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   Crescer é um processo biológico que envolve vários aspectos: herança genética (que pode ser inferida pela altura dos pais), alimentação, presença ou não de doenças, felicidade e afeto. Felicidade e afeto, sim! Estudos mostram que crianças privadas de afeto terminam menores do que seriam se tivessem recebido o carinho esperado para uma criança. 

   Na pré-adolescência e adolescência, interferem, também, os hormônios sexuais (resumidamente estrógeno e testosterona) que começam a aumentar nesta fase. Quando na idade certa, eles potencializam o crescimento.

     Entretanto, se aumentarem antes da idade esperada, podem comprometer a altura final.

     Mamas nas meninas antes dos 8 anos e aumento dos testículos nos meninos antes dos 9 anos de idade precisam ser avaliados. Pode haver aumento hormonal precoce e avanço da idade óssea (como neste raio-X abaixo), diminuindo o tempo total de crescimento.

 

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